Caroline
Caroline era daquelas que gostava de tudo, ria de tudo, comia de tudo e não reclamava de nada. Conheci-a quando estava sentado num banco esquisito da praça que visitava sempre, o pior dos bancos porque o sol o alcançava na hora do almoço e eu precisava sentar numa posição desconfortável para me esconder dele.
Caroline chegou, sentou no sol mesmo, tirou uma caixinha transparente da bolsa e me ofereceu um dos brigadeiros que carregava nela. "Estão meio amassados mais são deliciosos", ela disse com um sorriso infinitamente mais convidativo que a aparência das guloseimas.
Aceitei com um aceno de cabeça,e na primeira mordida a olhei com um olhar que expressava plenamente o sabor da bolinha deformada, ela concordou com um olhar e um sorriso, e mordeu um outro que tirara da caixinha para compartilhar comigo a experiência.
O dia estava uma merda, estava preocupado, cansado, irritado, frustrado. Caroline olhou para a praça ensolarada, deu a segunda e última mordida em seu brigadeiro e disse, ainda mastigando: "Que dia lindo, não é?", em seguida, olhou para mim pelo canto do olho, aguardando minha aprovação.
Acenei novamente com a cabeça.
Em que mundo vivia Caroline?
Ela permaneceu sentada no mesmo lugar por mais quinze minutos, dividindo comigo seus brigadeiros e suas observações sobre como a praça estava ficando cada vez melhor com as ultimas mudanças e como o som da brisa nas árvores parecia formar a trilha sonora perfeita para sentar lá e admirar o dia passando.
Seu almoço terminou, ela guardou a caixinha vazia de brigadeiros na bolsa e levantou num salto. Se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha: "Muito bom falar com você!", um largo sorriso surgiu e ela seguiu com ele pela rua estreita de pedras, em câmera lenta... pelo que pude observar.
Quem matou Caroline?
Caroline chegou, sentou no sol mesmo, tirou uma caixinha transparente da bolsa e me ofereceu um dos brigadeiros que carregava nela. "Estão meio amassados mais são deliciosos", ela disse com um sorriso infinitamente mais convidativo que a aparência das guloseimas.
Aceitei com um aceno de cabeça,e na primeira mordida a olhei com um olhar que expressava plenamente o sabor da bolinha deformada, ela concordou com um olhar e um sorriso, e mordeu um outro que tirara da caixinha para compartilhar comigo a experiência.
O dia estava uma merda, estava preocupado, cansado, irritado, frustrado. Caroline olhou para a praça ensolarada, deu a segunda e última mordida em seu brigadeiro e disse, ainda mastigando: "Que dia lindo, não é?", em seguida, olhou para mim pelo canto do olho, aguardando minha aprovação.
Acenei novamente com a cabeça.
Em que mundo vivia Caroline?
Ela permaneceu sentada no mesmo lugar por mais quinze minutos, dividindo comigo seus brigadeiros e suas observações sobre como a praça estava ficando cada vez melhor com as ultimas mudanças e como o som da brisa nas árvores parecia formar a trilha sonora perfeita para sentar lá e admirar o dia passando.
Seu almoço terminou, ela guardou a caixinha vazia de brigadeiros na bolsa e levantou num salto. Se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha: "Muito bom falar com você!", um largo sorriso surgiu e ela seguiu com ele pela rua estreita de pedras, em câmera lenta... pelo que pude observar.
Quem matou Caroline?